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Curiosidades
Curiosidades

                                       

Como tudo do Candomblé está fundamentado nas histórias, cânticos e danças, vai aqui uma antiga história Nàgó que explica o surgimento das pintas brancas da Galinha de Angola e explica ainda porque essa ave é o principal animal da Religião dos Òrìsàs. Isso ratifica que na nossa religião para tudo que fazemos, existe sim um fundamento.

A Galinha de Angola era uma ave muito feia e por isso, afastava as pessoas de perto de si, mesmo sendo muito rica. Ela vivia abandonada em uma grande floresta em meio a sua riqueza.

Cansada de ser desprezada, resolveu consultar o oráculo sagrado no Palácio de Obatalá. Quando lá chegou, o Sacerdote a colocou para fora, dizendo que ela deveria estar usando um Alá branco para entrar na casa do Grande Deus Funfun. Ainda mais triste, a Galinha de Angola resolveu ir para outra floresta e de uma vez por todas, deixar de conviver perto de tudo e todos.

Após 21 dias caminhando, a Galinha de Angola parou em uma floresta, sem saber que era sagrada (Igbodu). Lá, ela encontrou um velho maltrapilho gemendo de dores. Esse velho disse:

“Pare! estou muito doente e não tenho dinheiro para me alimentar, me dê o que comer e beber, por favor,”!

A Galinha de Angola pegou tudo o que tinha e deu ao velho homem que, após saciar a sua fome e sede, caiu dormindo em sono profundo. A Galinha de Angola continuou preocupada com o velho e ficou ao seu lado enquanto ele dormia. Ao acordar, o velho perguntou-lhe, porque ainda estava lá, fazendo companhia para aquele velho maltrapilho.

A Galinha começou a dizer que não poderia abandoná-lo, pois ele estava precisando dela, e aí contou sua história ao velho, falando que todos lhe achavam feia, com um aspecto repugnante e que não mais queria viver.

O Velho respondeu que o seu exterior não importava em nada, pois por dentro, ele era um dos seres mais belos que existia. Disse que aquela era uma floresta sagrada e que na verdade, ele era Obatalá. A Galinha de Angola ficou surpresa com a revelação, pedindo-lhe desculpas por entrar na floresta sagrada.

Obatalá pegou Efun e começou a pintar a Galinha de Angola, que ficou muito bonita. Além disso, Obatalá disse que o maior símbolo para os iniciados era o Osu e modelou um na superfície da cabeça da Galinha de Angola, dizendo que, a partir daquele momento, ela seria o Animal mais Sagrado do Culto aos Òrìsàs, pois somente ela, traz o Grande Osù em sua cabeça.

Essa história é um grande ensinamento, pois mostra que não podemos julgar ninguém por sua aparência, mostra que não devemos jamais negar comida e bebida. Nossa religião oferta, ajuda e acolhe, essa é mensagem que devemos guardar.

 

                                                                         

 

                                   

 

É muito comum, sobretudo em Salvador, observamos os antigos membros do Candomblé emborcarem o copo após terem bebido qualquer coisa. Muitas pessoas acham que é mania de gente antiga, mas porque eles fazem isso?

Uma antiga história Nago, diz que Ògún viajou por longos sete anos, desbravando novas terras. Ao retornar para a sua cidade, Ire, ninguém o reverenciou, pois estavam em voto de silêncio que durariam sete dias. Além do silêncio, ficariam em jejum, razão pela qual, esvaziaram todas as vasilhas que continham água, para evitar olhar para o líquido, o que lhes daria mais vontade de beber.

Ogum ficou muito irritado, pois ninguém o reverenciou e, ao ver muitos copos, começou a procurar algo para beber e saciar sua sede. No entanto, todos estavam vazios, afinal toda a população ficaria em jejum por sete dias. Sem conseguir imaginar a razão daquilo, Ogum cometeu um grande ato violento contra aquelas pessoas, dizendo que ninguém o reverenciou e ninguém deixou nada para que ele pudesse beber.

Seu Pai, ao chegar e ver o que Ogun estava fazendo, o advertiu, lembrando que todos estavam em voto de silêncio, razão pela qual as pessoas não o cumprimentaram e, todas as vasilhas estavam vazias, sendo que eles estavam de jejum. Em lembrança dessa história, as pessoas na casa de Candomblé, após beberem, viram o copo, para que Ogum saiba que eles estão vazios, não despertando a sua ira.

 

                                                                         

 

DE ALGUNS ANOS PARA CÁ OS HOMENS ADERIRAM AO PANO DA COSTA, MAS NENHUM DELES ATÉ AGORA EXPLICOU O PORQUÊ DE USÁ-LO E NEM PODEM EXPLICAR, POIS O MESMO É DE USO EXCLUSIVAMENTE FEMININO. E PIOR AINDA, O USAM NA CINTURA. PARA PROTEGER O QUE?

Observem que as Orisa mulheres (Yiabas) usam o pano da costa, os Orisa homens (Aboròs) usam o pano da costa amarrados no ombro lembrando um ALAKA (esse sim pertence ao homem) ou amarrado para trás, ou simplesmente ficam com o peito nu adornados pelas contas e brajas.

Em algumas casas encontramos abians usando pano da costa, esse procedimento está errado. Os abians ainda não tiveram seus pontos de energias abertos durante uma feitura, portanto as mesmas não necessitam dessa proteção ainda.

No caso das Egbómis, o pano da Costa deve ser colocado na cintura elegantemente ou sobre o peito, jamais deve ser enrolado ou torcido, feito uma faixa ou Ojá, na cintura.

Uma iniciada deve saber usar o pano da Costa, pois este é uma peça do vestuário muito importante. Outro fato relevante é quanto à estampa e cor do tecido, são adequadas as estampas em listras e quadros que lembram as formas presentes na indumentária nigeriana.

Quando feitos de tecido liso, devem ser de cores claras: branca, bege, rosa ou azul claro, nunca devem ser de cores quentes, berrantes, de seda ou estampados vivos, o que causaria “risos” entre as iniciadas mais antigas.

Pano da Costa na cintura ou no peito é demonstração de trabalho, assim usados no barracão, quando em função religiosa. Caso contrário, no dia-a-dia do terreiro pode ser “jogado” sobre o ombro direito e se mantém esticado ao longo do tronco. Não se “dança” sem esta peça da indumentária.

Mesmo fora do trabalho, para visita ou passeio o seu uso é indispensável. Em casas tradicionais, quando uma iniciada chega sem o pano da Costa é comum a proprietária do terreiro emprestar um à visitante, que, em sinal de educação ou respeito, coloca-o sobre o ombro direito ou, se entrar na roda, usa-o de maneira adequada à sua posição dentro da hierarquia do Candomblé; O pano da Costa é a peça de maior significado histórico dentro do vestuário africano, em conjunto com o torso.

O uso de saia, Camisu ou bata e pano da Costa são indispensáveis dentro do Axé. A maneira de amarrar, colocar ou “enrolar” o pano varia de acordo com a situação, o ritual desenvolvido ou a posição hierárquica. O PANO DA COSTA é de uso exclusivo da mulher nos cultos africanos, porque uma das principais funções do mesmo é proteger os órgãos reprodutores das mulheres, das Yamis. Listrado, liso, estampado ou bordado em richelieu ou renda, é por meio dele que a mulher demonstra sua posição hierárquica na organização sócio-religiosa dos terreiros.

Em Salvador / BA, mais precisamente no Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, a tecelagem tradicional do pano da costa está ligada ao uso e ao simbolismo sócio-religioso do tecido na composição das roupas rituais do candomblé. Nos rituais de sirrum / axexe as mulheres usam dois panos da costa brancos: um protegendo seu ventre e outro sobre os ombros como uma capa que envolve todo o seu colo e seios.

O PANO-DA-COSTA deve ter no mínimo 60 cm de largura para que possa proteger os órgãos que necessitam de proteção, as famosas mães de santo não usam o pano da costa na cintura nunca.

No Rio de Janeiro e outros estados, onde a chamada “evolução” está destruindo e recriando situações a bel prazer,convencionou-se que o pano da costa deve ser usado de acordo com a idade de santo, isto é, só usa preso acima dos seios aquelas que ainda são yawos.

Está errado, pano da costa é para ser usado dessa forma mesmo independente da idade de feitura, quando muito, pode-se enrolar até abaixo dos seios.

 

                                                                         

 

 

OYÁ GAMBELÊ NÃO PODE COMER ABÓBORA

Esta qualidade de Oya se refere a dificuldade em engravidar.

Conta-se que Oyá Gambelê não engravidava nunca, por mais que tentasse, ela não segurava a criança na barriga por muito tempo. Ela então foi até a casa de Orunmilá e pediu que jogasse seu oráculo para saber o que ocorria.

O Ifá respondeu:

Havia três coisas que Oya comia com muita freqüência: Carne de Arraia, Carne de Carneiro e Abóbora, e nenhum desses três alimentos fazia bem a ela, principalmente a Abóbora lhe fechava a madre. Oya então jurou jamais se aproximar desses três alimentos. Apos isso Oya pariu dezoito crianças, entre elas os Ibeji.

Oya manteve sua palavra, nem ela nem os filhos devem comer Abóbora, carneiro e Arraia.

Algo muito comum é que nos Orôs onde se cortam cabritos para outros Orisas, as filhas de Oya costumam "virar" de Santo e Oya se retira do local, e também quando o yawo de Oya esta de Kelê ele não pode ver ou sentir o cheiro de abobora que logo Oya se faz presente para impedir o filho de consumir seu tabú.

Gambelê foi Esposa de Ode, que lhe deu os dezoito filhos. Se veste de rosa, salmão e branco.

 

                                                                         

 

ALGUMAS FORMAS DE PEDIR E DAR BENÇÃO!

Pedir a bênção, no Candomblé, faz parte da hierarquia e da rotina das casas, onde todos se cumprimentam, saudando-se e trocando bênçãos, num gesto bonito e humilde de relacionamento.

A benção é uma forma de demonstrar nossa humildade perante as divindades.

Quando uma pessoa responde a um pedido de benção, essa é uma resposta do Orixá, utilizando-se de sua boca para se comunicar e de suas mãos para trocar naquele que a pediu.

O homem não tem o poder divino de bendizer ou de abençoar seus semelhantes. Ele é somente ferramenta utilizada pelas divindades.

E cada casa e cada Nação têm a sua forma peculiar de pedir e dar a bênção. Vamos citar algumas mais conhecidas:

- Mukuiu - Mukuiu no Zambi (Bantu/ Angola)

- Motumbá - Motumbá laxé/ Motumbaxé (Iorubá)

- Mo jubá - Mo jubá laxé (Iorubá)

- Indáloimi - Serresu napon (Jeje Savalu)

- Kolofé (Kalofé, Kolonfé) - Olorum kolofé (Nagô-vodum)

- Mussalê - Mussalejí (Fon)

- Aó - Aotí (Fon)

- Benoí - Benoí aganjí (Fon)

- Aurê - Auretí (Fon)

- Musalê - Mussalerê (Fon)

- Essan - Essan irê (Fon) - não é uma forma de benção; é usado como pedido de desculpas.

- Agò - Agò ya (para pedir licença para entrar em algum local)

OBS: Embora usada como bênção, "Mo Jubá" é uma forma de cumprimento, de saudação entre as pessoas, significando "meus respeitos". Na nação Fon as bençãos são particularizadas de acordo com o vodum de cada vodunsi, e também de acordo com o vodum do sacerdote.

 

                                                                         

 

                                                         

 

O Gele ou Torço.

“Gele” ou “Gèlé” é uma palavra Yorùbá para um envoltório usado na cabeça das mulheres, ou seja, uma espécie de indumentária feminina. As mulheres Yorùbá são conhecidas por usá-los incrivelmente bem encaixadas, fixadas em suas cabeças, e apesar de ser apenas um apetrecho, pode ser encontrado em quase todas as culturas Africanas. 

No Candomblé o Gele ou torço, ele ganhou quase que um culto e até mesmo itan para justificá-los?

Gèlé é mais do que apenas uma cabeça coberta, é uma forma de arte. Um grande pano retangular amarrado na cabeça da mulher em uma variedade de modas, cores e estampas. O material usado para fazer o Gèlé é geralmente duro, mas flexível, por exemplo, Aso-oke (o verdadeiro feito em tear e de seda), Brocado (algodão) e Damasco. Estes materiais vêm em uma ampla variedade de cores, padrões e texturas. Quanto maior o pano (e maior a habilidade) mais elaborado aparenta e até confere certo status. É quando a mulher negra se torna a rainha em toda sua plenitude e beleza!

Amarrando um Gèlé

Amarrar um Gèlé é uma forma de arte que requer prática, paciência e muitas vezes um braço bem tonificado, mas uma vez amarrado, um Gèlé pode fazer qualquer mulher aparentar uma certa realeza, um ar de supremacia estética. É uma bela coroa de glória e honra, e hoje eles vêm em cores surpreendentes, padrões e desenhos. Para eventos glamorosos, como casamentos, aniversários, batismo, inaugurações ou até mesmo funerais, a aparência de uma mulher é muitas vezes considerada incompleta sem um.

Dentro do Candomblé eles quase que tem uma amarração padrão, porém, estou começando a ver algumas Iyás usando de maneira mais glamorosa, sem deixar a essência religiosa e respeitosa se perder.

QUEM PODE USAR: A utilização do Pano de Cabeça é restrita às mulheres (O pano de cabeça, poderá ser utilizado por homens, em obrigações internas em que o mesmo está “recebendo asè, como por exemplo, Bori”);

ABAS: As abas do Pano de Cabeça estão relacionadas ao Òrìsà da filha de Santo e a sua idade de santo (se seu Òrìsà for Oboro – masculino você não poderá usar duas abas, sendo que essa ficou para as filhas de santo, que possuem Òrìsàs Ayabas – femininos); 

ALTURA DO PANO: Deve-se ter discernimento ao usar o Pano de Cabeças. O pano de Cabeças não é turbante com diversas voltas e de altura desmedida; Seu pano de cabeça também não pode ser maior do que o da sua Ìyálòrìsà;

A arte de amarrar um Gèlé ou Torço é como qualquer outra arte, o seu sucesso depende da criatividade e maestria. Um pano de cabeça, como é chamado aqui no Brasil, no Candomblé e Umbanda, quando devidamente amarrado, pode ser como uma coroa, porém, ao contrário, se feito de forma errada pode se tornar um desastre total. Imagine no alto de sua beleza, ele se desfazer no meio do salão? Não seria bom!

Cada Gele é único e não existe uma fórmula verdadeira para alcançar a aparência exata duas vezes. Se você der uma olhada mais de perto, você verá que não há dois Gèlé(s) – Àwon Gèlé –  (uma vez amarrados) iguais. O povo Yorùbá, absolutamente ama Gèlé porque não só eles são amarrados em vários estilos, mas eles são um aspecto da cultura que fazem as mulheres se sentir bonita e são em verdade, não importa a ocasião. O estilo das cores do Gèlé pode ser um reflexo do seu estado de espírito, o estilo ou personalidade.

Porque homens não podem usar pano de cabeça?

Em tempos antigos, escravos homens usavam pano de cabeça simples para carregar peso. Este pano era símbolo de escravidão. Porém, devemos lembrar que aqui falo do pano de cabeça no que tange a Nigéria, pois em outras culturas, existem panos de cabeça, mas para proteção contra o Sol, principalmente em zonas desérticas e muito áridas.

*Gèlé, turbantes ou como chamamos comumente nas Casas de Candomblé de “Pano de Cabeça”, faz parte do vestuário feminino das mulheres. Os Homens em hipótese alguma podem usar Gèlé, turbante, torço ou pano de cabeça nas rodas de candomblé. Homens devem usar Éketè, Elétí Ajá.

 

                                                                         

 

               

 

                                                                         

 

                               

 

                                                                         

 

BEBIDAS e DROGAS NA MEDIUNIDADE

Vivemos num mundo liberto de amarras, no mundo onde tudo pode, temos acesso a tudo, mas vamos abordar um assunto que não deveria ser, porém é polêmico! O uso da bebida e drogas na mediunidade. Cada espírito, encarnado ou desencarnado, tem o seu padrão vibratório.

O Espiritismo confirma que os semelhantes se atraem. O uso de álcool e outras drogas produzem um atrativo irresistível para os espíritos que desencarnaram na condição de viciados nessas substâncias.

Os desencarnados passam a acompanhar seus “amigos” encarnados quando estes fazem uso de drogas. Estimula, neles, o uso cada vez mais contínuo e em maiores doses. Quem faz uso de álcool e outras drogas com freqüência modifica seu padrão de pensamentos quase que instantaneamente quando se droga.

É que nessas horas o intercâmbio de idéias e sensações com os desencarnados se torna automático. Comungam os mesmos sentimentos, as mesmas idéias fixas, os mesmos desejos ou a ausência total de desejos, fora o uso da droga O uso de drogas facilita o desprendimento do corpo astral.

O usuário passa a ter um contato maior com o plano astral, embora não perceba. E esse contato, nestas condições, não é bom. Nunca estamos sós. Somos acompanhados onde quer que estejamos, por espíritos desencarnados que tem afinidade conosco.

Mesmo drogas consideradas leves, como a maconha, provocam a despersonalização e a perda da vontade, tornando seu usuário apático e dócil companheiro de espíritos infelizes.

 O uso moderado do álcool, aceito pela sociedade e recomendado por alguns médicos (provavelmente os que gostam de beber), pode ser inofensivo para algumas pessoas, mas é fato que o uso do álcool acompanha o espírito há inúmeras reencarnações, pois o homem utiliza o álcool (ou é utilizado por ele) desde a pré-história. Um hábito de tanto tempo só pode ser considerado um vício.

Assim como o cigarro foi banido dos costumes socialmente aceitos, da mesma forma acontecerá com o álcool. Há vinte anos havia propaganda de cigarro na televisão, fumava-se nos filmes e novelas. Há trinta anos fumava-se nos elevadores e nos ônibus.

Hoje não se pode fumar nem em bares e restaurantes. É um grande avanço.

 

                                                                         

 

ROMBÃO / ROMBONA DA CASA. O QUE ISSO SIGNIFICA?

Ser rombão ou rombona significa aquele (a) que deu início, ou seja, o primeiro iniciado pelo Babalorixá/Yalorixá de uma casa. Não é um cargo, apenas a condição de ser o primeiro filho. E por se tratar do primeiro filho legítimo do novo sacerdote, o pai ou mãe de santo desse sacerdote também contribui na feitura do iniciado. É como se esse yawô fosse 50% filho de seu sacerdote e 50% filho de seu avô de santo.

Quando um filho recebe deká e abre um Ilê Axé, o seu pai de santo (ou mãe de santo) precisa estar presente em todo processo, passando axé e fundamentos para que a casa do filho prospere, bem como contribui na iniciação do primeiro filho, e até dos subseqüentes, pois cada Orixá diferente que é feito possui fundamentos diferentes para cada caso, porém, na feitura de um rombão da casa, essa contribuição do pai ou mãe do sacerdote não é apenas uma consultoria, e sim, o próprio ato de se fazer, raspando, implantando o Orixá e fazendo os fundamentos necessários.

Como qualquer iniciado, o rombão possui as mesmas responsabilidades inerentes a qualquer outro membro do Ilê Axé, entretanto, além das atividades normais, ele precisa estar ciente de que será o espelho da casa, o reflexo de conduta do sacerdote. O rombão demonstrará nas cerimônias tudo aquilo que ele recebeu como educação de axé, das rezas, cânticos, postura, vestimentas (que são mais incrementadas), os afazeres da casa e sua postura para com os demais membros da casa.

Por ser o primeiro, existem relatos que esse iniciado possui certa conexão com sua casa e com seu sacerdote, mais até em relação a qualquer outro filho que possa ser feito depois, uma vez que, qualquer coisa que ocorre com a casa, este será o primeiro a sentir, seja fisicamente ou através de alguma de suas faculdades mediúnicas, e com isso, sua aproximação com o sacerdote precisa ser firme, para que ambos contribuam com o êxito da casa. Mas, como citei, são relatos e não há literatura ou outro tipo de comprovação que ateste a veracidade desta informação.

O fato de grande importância é que este sempre será o primeiro, aquele que participou dos primeiros trabalhos e de todo processo da nova vida do sacerdote na administração do Ilê Axé. Se essa pessoa permanecer firme, junto a sua comunidade, um grande futuro estará por vir, visto que será a pessoa com mais conhecimento perante seus irmãos mais novos.