AS HORAS NA UMBANDA
Todas as horas da Umbanda são controladas por um Orixá independente dos demais, pouco conhecido, chamado ORIXÁ TEMPO, que é o determinante do envio das vibrações cósmicas, assim como o momento exato da utilização do ritual necessário. Como estamos encarnados no terceiro planeta do sistema solar, controlado por uma estrela de 5a grandeza, da 2a Galáxia, um planeta presídio por nós chamado de Terra, temos que nos atener ao sistema de contagem de tempo do mesmo, embora que não muito consonante com o Tempo Real. Baseados na nossa forma de contagem de Tempo, a Umbanda divide as horas de um dia em três tipos diferentes, a saber:
HORAS ABERTAS: são consideradas horas abertas na Umbanda, as não classificadas como neutras ou negativas, portanto positivas para a feitura de qualquer dos trabalhos abaixo enumerados:
HORAS FECHADAS: são aquelas que nenhum dos atos ritualísticos ou litúrgicos descritos acima podem ser efetuados. São consideradas horas fechadas, os 15 minutos anteriores e posteriores à HORA PEQUENA e à HORA GRANDE, ou seja de 11:45hs às 12:15hs, assim como também de 23:45hs às 00:15hs; horas que são destinadas à entrega de EBÓS, DESCARREGOS, ou o emprego da Força Negativa para a prática do Bem.
Nestas Horas Fechadas, não se deve praguejar, amaldiçoar, discutir, entrar ou sair de lugares cobertos e freqüentar locais espúrios.
HORAS NEUTRAS: são aquelas em que qualquer tipo de Ato Litúrgico ou Ritualístico é dado à cada um segundo, o seu mérito.
Estas Horas Neutras da Umbanda são muito utilizadas no Esoterismo e classificadas como HORAS TERÇAS e HORAS NONAS (6hs e 18hs).
NOTA: excetuando-se as Horas Negativas e Neutras, todas as outras horas do dia são consideradas como positivas.
Das 7 Linhas da Umbanda, apenas três podem interferir e alterar o ritual praticado em todas as horas:
DISCRIMINAÇÃO DAS HORAS NA UMBANDA
HORAS |
SEMANA |
|||||||
- |
Segunda |
Terça |
Quarta |
Quinta |
Sexta |
Sábado |
Domingo |
Observ. |
Espaço de 15 minutos após às 0hs até 00:15hs |
Negativa |
|||||||
Até 1h |
Almas |
Ogum |
Xangô |
Oxóssi |
Oxalá |
Senhoras |
Ibeji |
Positiva |
De 1 às 2hs |
Oxóssi |
Xangô |
Ibeji |
Ogum |
Almas |
Oxalá |
Senhoras |
Positiva |
De 2 às 3hs |
Ogum |
Ibeji |
Senhoras |
Xangô |
Oxóssi |
Almas |
Oxalá |
Positiva |
De 3 às 4hs |
Xangô |
Senhoras |
Oxalá |
Ibeji |
Ogum |
Oxóssi |
Almas |
Positiva |
De 4 às 5hs |
Ibeji |
Oxalá |
Almas |
Senhoras |
Xangô |
Ogum |
Oxóssi |
Positiva |
De 5 às 6hs |
Senhoras |
Almas |
Oxóssi |
Oxalá |
Ibeji |
Xangô |
Ogum |
Neutra |
De 6 às 7hs |
Oxalá |
Oxóssi |
Ogum |
Almas |
Senhoras |
Ibeji |
Xangô |
Positiva |
De 7 às 8hs |
Almas |
Ogum |
Xangô |
Oxóssi |
Oxalá |
Senhoras |
Ibeji |
Positiva |
De 8 às 9hs |
Oxóssi |
Xangô |
Ibeji |
Ogum |
Almas |
Oxalá |
Senhoras |
Positiva |
De 9 às 10hs |
Ogum |
Ibeji |
Senhoras |
Xangô |
Oxóssi |
Almas |
Oxalá |
Positiva |
De 10 às 11hs |
Xangô |
Senhoras |
Oxalá |
Ibeji |
Ogum |
Oxóssi |
Almas |
Positiva |
De 11 às 11:45hs |
Ibeji |
Oxalá |
Almas |
Senhoras |
Xangô |
Ogum |
Oxóssi |
Positiva |
De 11:45hs às 12:15hs |
Espaço de de tempo de hora fechada |
Negativa |
||||||
De 12:15hs às 13hs |
Senhoras |
Almas |
Oxóssi |
Oxalá |
Ibeji |
Xangô |
Ogum |
Positiva |
De 13 às 14hs |
Oxalá |
Oxóssi |
Ogum |
Almas |
Senhoras |
Ibeji |
Xangô |
Positiva |
De 14 às 15hs |
Almas |
Ogum |
Xangô |
Oxóssi |
Oxalá |
Senhoras |
Ibeji |
Positiva |
De 15 às 16hs |
Oxóssi |
Xangô |
Ibeji |
Ogum |
Almas |
Oxalá |
Senhoras |
Positiva |
De 16 às 17hs |
Ogum |
Ibeji |
Senhoras |
Xangô |
Oxóssi |
Almas |
Oxalá |
Positiva |
De 17 às 18hs |
Xangô |
Senhoras |
Oxalá |
Ibeji |
Ogum |
Oxóssi |
Almas |
Neutra |
De 18 às 19hs |
Ibeji |
Oxalá |
Almas |
Senhoras |
Xangô |
Ogum |
Oxóssi |
Positiva |
De 19 às 20hs |
Senhoras |
Almas |
Oxóssi |
Oxalá |
Ibeji |
Xangô |
Ogum |
Positiva |
De 20 às 21hs |
Oxalá |
Oxóssi |
Ogum |
Almas |
Senhoras |
Ibeji |
Xangô |
Positiva |
De 21 às 22hs |
Almas |
Ogum |
Xangô |
Oxóssi |
Oxalá |
Senhoras |
Ibeji |
Positiva |
De 22 às 23hs |
Oxóssi |
Xangô |
Ibeji |
Ogum |
Almas |
Oxalá |
Senhoras |
Positiva |
De 23 às 23:45hs |
Ogum |
Ibeji |
Senhoras |
Xangô |
Oxóssi |
Almas |
Oxalá |
Positiva |
De 23:45hs às 00:15hs |
Espaço de tempo de hora fechada |
Negativa |
POR QUE OS ESPÍRITOS FUMAM E BEBEM EM TERREIROS? ISSO É COISA DE SERES ATRASADOS?
Um tema muito criticado por algumas vertentes religiosas que criticam o uso do fumo e da bebida dentro dos cultos umbandistas chegando ao ponto de julgarem os guias que se utilizam desses artifícios como "obsessores e atrasados" alegando que estão ainda presos aos laços da matéria. Para esclarecer estas colocações precisamos deixar claro alguns pontos de vista.
Quando simplesmente acendemos um cigarro, charuto ou cachimbo pelo simples prazer de fumar, estamos entrando no lado profano destes elementos, ou seja, estamos alimentando um vicio que nos faz bem e dentre muitos casos já constatados não somente na umbanda, muitos seres "vampirizados" se utilizam destes elementos para ainda fora do corpo alimentarem os seus vícios que contraíram quando ainda encarnados, temos uma sugestão de leitura nos livros de ANDRÉ LUIZ psicografado por CHICO XAVIER e do LIVRO DOS ESPÍRITOS codificado por ALLAN KARDEC que nos esclarecem bem e com muitos detalhes este assunto.
Na umbanda quando um guia pede, por exemplo, um charuto, antes de acendê-lo ele o "consagra", ou seja, lhe da um endereço energético despertando no mesmo 03 fatores importantes: A ERVA, O FOGO E O ASSOPRO.
A ERVA: Quando despertada em seu lado sagrado todos os elementos vegetais que compõem o fumo tem seu lado purificador e curador ativados, sendo bloqueado pelo guia que esta se utilizando do fumo os elemento nocivos que prejudicam o organismo.
O FOGO: A cinza do fumo se torna nas mãos do guia um excelente elemento consumidor de miasmas negativos que limpam o campo áurico de quem esta sendo atendido pelo mesmo, incluindo chacras e corpo físico.
O ASSOPRO: Guia não fuma, ele "pita", ou seja, a fumaça não chega a garganta do médium, mas sim, fica somente dentro de sua boca para que através do ectoplasma do médium ele possa formar o campo que vai retirar do local onde assopra as cargas negativas.
Toda esta prática é simples de se compreender quando o médium volta e não sente se quer o gosto do fumo em sua boca e não vicia, ou seja, não sente após o trabalho de atendimento a vontade de fumar charutos, cigarros ou cachimbos.
Quando nos referimos a bebidas alcoólicas a prática é a mesma, porém funciona de maneira diferente.
Se tomarmos o ponto de vista somente pelo fato de que uma garrafa de cachaça induz o individuo ao vicio estamos olhando pelo lado profano e não saudável.
A água ardente é nada mais, nada menos que um elemento vegetal, pois a cana de açúcar tem ligação com o solo e com a natureza em si e em muitos casos nas mãos de um guia de lei é muito usada para reter cargas extremamente negativas que já se encontram somatizadas nos campos de força do assistido.
Ai entra a questão do bom senso:
UM GUIA NÃO PRECISA TOMAR UMA GARRAFA DE PINGA PARA MOSTRAR SUA FORÇA E NEM PARA CONVENCER OS PRESENTES QUE ELE REALMENTE ESTA ALI, NA MAIORIA DAS VEZES ESTAS PRÁTICAS ESTÃO LIGADAS A SERES DESEQUILIBRADOS E MÉDIUNS INVIGILANTES QUE ACABAM SERVINDO DE "CANUDO HUMANO" PARA SATISFAZER A "SEDE" DOS PRESENTES.
Geralmente os guias se utilizam apenas dois dedos da bebida onde não a consomem, mas sim, a imantam com sua força despertando na mesma sua capacidade e força liquida vegetal absorvedora permitindo assim que possam trabalhar com a mesma sem se quer "degustar" seu paladar.
O desregramento e desequilíbrio de alguns médiuns fazem com que tais práticas não ligadas a umbanda se tornem um prato cheio para aqueles que vivem a procurar erros dentro de nossa religião para nos criticarem e o fazem com um motivo justo, pois o erro parte de dentro de casas onde o estudo mediúnico não é valorizado gerando tais exageros por parte de médiuns despreparados e que muitas vezes ai sim alimentam também o seu próprio vicio caso este que não existe se quer o transe mediúnico.
Como podem ver meus irmãos e irmãs bebida e fumo se utilizados dentro dos fundamentos sagrados da Umbanda não fazem o mal, nem nos ligam a seres atrasados.
POR QUE CRUZAMOS O CHÃO AO ADENTRAR O TERREIRO
É comum adentrarmos um terreiro, centro, templo de Umbanda e notarmos que assistência, dirigentes e médiuns da casa ao entrarem na mesma ou já na frente de um guia "cruzam o chão", mas o que significa o ato de cruzar o chão?
O símbolo da cruz nos faz lembrar-se de diversos exemplos em nossas vidas, mas o mais marcante com certeza é a crucificação de Jesus no "monte das caveiras". Lembramos-nos do sofrimento, da abnegação, da devoção deste ser iluminado pelo mundo e tudo isso é justo, mas nos esquecemos que a cruz nos faz entrar em sintonia com o "sagrado".
Quando entramos em um centro de Umbanda e cruzamos o chão do terreiro, estamos na realidade "abrindo o lado sagrado deste local" para que nele possamos nos beneficiar com todas as bênçãos que nos foram reservadas para este dia de atendimento.
Vivemos em um mundo onde infelizmente muitas coisas ligadas ao sagrado, são tratadas de forma leviana e desrespeitosa, caindo no que podemos chamar de "lado profano"
Um centro de Umbanda é um local sagrado, onde diversas energias circulam pelo mesmo a disposição daqueles que lá vão procurar cura, paz de espírito, esclarecimento espiritual e acima de tudo perdão, mas para usufruirmos de todas estas bênçãos precisamos nos desligar do mundo profano em que vivemos e adotar uma postura de respeito e religiosidade. O ato de cruzar o chão identifica que desejamos adentrar este campo, pois nesta saudação pedimos licença ao "EM CIMA" ao "EM BAIXO" a "ESQUERDA" e a "DIREITA" deste local.
Claro que somente o ato de cruzar o chão não nos faz merecedores de tudo que a nós foi reservado, precisamos também abrir o lado sagrado de nosso espírito com respeito, fé, devoção e acima de tudo silêncio neste local sagrado. Lembre-se se você bater a porta vai se abrir.
Quando estamos já na frente do guia, cruzamos o chão, pois estamos adentrando o espaço sagrado deste enviado de Aruanda para que possamos junto a ele obter informações e aprendizado para nos tornarmos seres humanos melhores e mais maduros.
Ainda nos dias de hoje presenciamos nem todos tendo ciência deste procedimento nas casas e junto aos guias, preferindo muitas vezes permanecer do lado "profano" em que se encontram e infelizmente falta também informação para a assistência ficando muitos fazendo algo que nem sabem do que se trata.
Umbanda tem fundamento e precisamos trabalhar, levar informação com ética e bom senso se faz necessário, pois somente assim poderemos conquistar o respeito que tanto almejamos junto a nossa tão amada UMBANDA.
PRECEITOS
Como em todo e qualquer dogma, a Umbanda também faz uso de preceitos específicos e predeterminados. Na Umbanda os preceitos são abstenções voluntárias em benefício da positivação ou negativação de cada um, e se dividem em 3 grupos distintos, à saber:
PRIMORDIAL: é o preceito indispensável à todos os médiuns sem exceção como preparativo para os trabalhos mediúnicos nas sessões de terreiro, e se dividem em 7 itens:
OPCIONAL: é o preceito que, em adendo ao primordial, é determinado pelo Orientador Espiritual ou pelo Chefe do terreiro, para determinados médiuns:
OCASIONAL: é o preceito de emergência, o que é praticado em caso de emergência, quando necessário ao trabalho mediúnico, fora da corrente fraterna.
Independente de todos estes preceitos, todo médium deve abster-se durante o trabalho mediúnico de jóias, bijuterias, objetos metálicos e dinheiro; enfim o médium deve procurar estar o mais puro possível para ingressar na corrente fraterna.
OS PONTOS NA UMBANDA
Na Umbanda o ponto é o elo entre o mundo espiritual e o mundo material, e se subdivide em dois tipos, à saber:
Tanto o Ponto Riscado como o Ponto Cantado têm sua primeira divisão como:
Ponto da tribo ou Clã
Ponto de trabalho
Em ambas subdivisões acima os pontos podem novamente se subdividir em:
O item (d) Ponto Cruzado, por sua vez, subdivide-se em:
1d) Defumador
2d) Ordenação
3d) Mão de Faca
4d) Mão de Ofá
5d) Cruzamento de Pemba
6d) Batismo
7d) Confirmação
8d) Amacís
9d) Casamento
10d) Retirada de Vume
IMPORTANTE: O Ponto Riscado ou o Ponto Cantado nunca deve ser interrompido no meio, principalmente por terceiras pessoas. Os Comentários sobre o Ponto Riscado ou sobre a inconveniência do Ponto Cantado, deverão ser postas ou comentadas por quem de direito, após o término dos mesmos.
Nota: o Ponto de apresentação pode ser dado da mesma forma de duas maneiras diferentes e aceito como certo:
Ponto da tribo ou Clã
Ponto de trabalho